29 março 2011

sujeito indeterminado.


eu queria falar de amor. e poder dizer que finalmente encontrei a pessoa certa. ou que aprendi a ser essa pessoa.
eu queria falar de carinho. queria dizer que tô cheia dele. pra dar e receber.
queria muito era falar de amigo. amigo que divide a conta e os problemas com a gente.
queria falar de medo.
de medo sério. de medo de sapo. medo de envelhecer. de perder os pais.
queria falar de prazer. prazer de dormir junto. prazer de comer chocolate depois de dormir junto. prazer de ter só o chocolate e já ser inteiramente feliz.
tanta coisa mais que eu queria falar.
queria falar de sexo. de traumas. de festas. de chuva.
queria falar de livro. de filmes, de trens. de viagem. de bacon.
de tanta coisa eu queria falar: das coisas que amo. coisas de que não gosto. coisas que não quero perder. que nunca tive. e das que nunca quero ter.

mas hoje, hoje eu só consigo falar de você.
e você não é nada disso.
você, eu não defino.

Um comentário:

Danileide disse...

Você escreve divinamente bem, irmã.]
Como tantas outras coisas que sabe fazer em sua vida.
Admiro muito você. Seu jeito despojado e despreocupado. Sue jeito destemido e corajoso. Queria ter um pouco disso. Sou medrosa, sempre fui. Cautelosa. Chata.
Você é verdade, descontração e vida.
Você vive.
Plenamente.

Ah! O seu nome foi devidamente iserido no meu post, tá? Rsrsrrsrs.
Perto de você não escrevo nada. EU só rabisco e desabafo. Desculpe-me, estou ficando velha, cabeça cheia. ato falho.
Amo você.